segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Notícia: "O olho artificial"



Investigadores dos Estados Unidos inspiraram-se nos olhos criados pela biologia para os seres vivos mais complexos na Terra - o ser humano - e desenvolveram o primeiro sistema artificial de captação de imagem que vê como nós, sem distorções, o que é um avanço sem precedentes.

O novo "olho biónico" utiliza uma superfície curva, o que elimina a distorção causada pelos sistemas de "visão" que usam superfícies planas na captação da luz, como acontece com as actuais máquinas fotográficas e de vídeo. Os cientistas das universidades de Illinois e Northwestern produziram, assim, o primeiro "olho" artificial que vê como nós.

O protótipo, descrito na revista Nature, é o passo que faltava para mudar a concepção das actuais máquinas fotográficas e de vídeo.

Utilizando superfícies planas para a captação da luz, estas máquinas distorcem em consequência disso as margens da imagem, sendo necessário incorporar-lhes um complexo jogo de lentes para reverter essa distorção. A estratégia é inteligente, mas essa é também uma das razões porque as máquinas são mais caras e, em muitos casos, pesadas.

O olho biónico agora criado permitirá dar um salto tecnológico gigantesco neste campo. Mas a melhoria das máquinas fotográficas será apenas uma pequena parte das possibilidades que este novo desenvolvimento oferece.

A produção de retinas e olhos artificiais para aplicação médica pode ser outra possibilidade. E, uma vez aperfeiçoado e miniaturizado o novo dispositivo optoelectrónico, é possível conceber também a sua utilização em equipamentos de diagnóstico médico, capazes, por exemplo, de navegar na corrente sanguínea, ou ainda em aplicações industrias ainda não imaginadas neste momento.

O protótipo desenhado pela equipa liderada por John Rogers, da universidade de Illininois, tem aproximadamente o tamanho e a forma de um olho humano e inclui uma "retina" artificial, curva na forma, e sensível à luz. A chave deste novo dispositivo residiu justamente na possibilidade de adaptar o material foto-sensível à superfície curva, algo que não era possível até agora.

A equipa conseguiu desenvolver fotodetectores suficientemente maleáveis para se adaptarem à superfície curva que imita o globo ocular. Para já, a definição da imagem conta apenas com 256 píxeis, o que é pouco. O passo seguinte é acrescentar definição à imagem produzida por este mecanismo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Notícia:"Egas Moniz: Único Nobel da Medicina português foi atribuído há 60 anos"

Lisboa, 10 Dez (Lusa) - Sessenta anos após a atribuição do prémio Nobel da Medicina a Egas Moniz, o médico é ainda hoje considerado o precursor das modernas técnicas da imagiologia cerebral e da psicocirurgia, ao conceber a angiologia cerebral e a leucotomia pré-frontal.

No dia em que se assinala a efeméride, é sobretudo por estas contribuições que os psiquiatras Luísa Figueira e João Marques Teixeira, ouvidos pela Lusa, recordam o galardoado português, apesar das críticas que ensombraram a controversa intervenção cirúrgica ao cérebro conhecida como lobotomia, quando começou a ser praticada em massa pelo neuropsiquiatra Walter Freeman.

A angiografia cerebral - realizada pela primeira vez com êxito em seres humanos vivos em 1927 por Egas Moniz e que lhe valeu o Prémio Oslo em 1945 - consiste na injecção intravascular de uma substância opaca aos raios X com o objectivo de diagnosticar tumores intracranianos e detectar e curar lesões vasculares do cérebro.

FONTE:"http://aeiou.visao.pt/egas-moniz-unico-nobel-da-medicina-portugues-foi-atribuido-ha-60-anos=f539797"