O ginkgo biloba, um produto de extractos vegetais, aumenta o risco de convulsões em pessoas com epilepsia e reduz a eficácia de medicamentos anticonvulsionantes.
Estudos isolados já apontavam nesse sentido, mas agora uma revisão de dez estudos realizada na Universidade de Bona, Alemanha, soma evidências sobre esses riscos do produto.
Os autores da investigação afirmam que, pelas evidências actuais, deveria haver maior restrição à venda de medicamentos à base de ginkgo biloba.
O fitoterápico costuma ser indicado para vários problemas, como a doença de Alzheimer, perda de memória e perda auditiva. «No entanto, não temos evidências que comprovem a sua acção», segundo Elza Márcia Yacubian, professora de neurologia da Universidade de São Paulo, Brasil.
«Além disso, a semente do ginkgo biloba tem uma neurotoxina que aumenta a actividade cerebral, desencadeando crises epilépticas e que pode levar à convulsão mesmo em pessoas que não têm o distúrbio», diz.
Segundo a farmacêutica Ivana Suffredini, também da Universidade de São Paulo, os estudos com extractos vegetais são recentes, e ainda faltam informações sobre os efeitos – benéficos ou adversos – dos fitoterápicos.
«O maior problema é que muita gente acredita que os produtos que vêm das plantas não têm riscos, e consomem-nos sem orientação médica. Mas as pessoas devem saber que eles podem ter efeitos indesejados.»
FONTE:"http://saude.sapo.pt/artigos/noticias_actualidade/ver.html?id=1044717"
domingo, 7 de fevereiro de 2010
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