quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Nova rede oncológica contará com mais de 30 hospitais
Proposta final será entregue até final de Março
Hospitais terão de registar um número mínimo de 500 novos casos por ano para poderem integrar a rede oncológica, cuja reorganização deverá estar concluída no final deste primeiro trimestre. O projecto prevê ainda mudanças em serviços que hoje recebem mais de mil novos casos por ano e que não cumpram os requisitos propostos.
A proposta final para a reorganização da rede oncológica do país deverá estar pronta até ao final deste trimestre. Esta é a expectativa de Pedro Pimentel, coordenador para as doenças oncológicas, que ontem deu por terminado o período de discussão pública do documento “Requisitos para a Prestação de Cuidados em Oncologia”, que somou quase meia centena de contribuições.
Admitindo a possibilidade de algumas alterações à versão original, Pedro Pimentel insiste na defesa de um número mínimo de 500 novos casos por ano para manter a funcionar "com qualidade" uma unidade para doentes com cancro.
"Em contas muito rápidas, ficariam mais de 30 hospitais (das 55 unidades que prestam cuidados na área do cancro) com volume de casos suficientes", reconhece o responsável pela Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas (CNDO), assegurando que esta medida garante a cobertura de todo o território "com serviços bem dotados e de qualidade".
Desta forma, o coordenador "chumba" a solução defendida pela Ordem dos Médicos que apontava para a fasquia dos 150 novos casos por ano para justificar a manutenção de uma estrutura diferenciada nesta área. "O número proposto de 500 novos casos por ano já pressupõe que apenas 250 venham a necessitar de quimioterapia", afirma Pedro Pimentel, considerando que "não há em Portugal recursos técnicos, das organizações ou humanos que permitam uma dispersão que 150 casos significariam"
"Isto não é um número fechado, mas colocar o nível nesses 500 casos que significam 250 a necessitar de tratamento permite assegurar os recursos sem abdicar dos princípios de qualidade".
Mas há mais: a nova rede oncológica deverá também implicar mudanças em serviços que hoje recebem mais de mil novos casos por ano e que "não cumprem os requisitos propostos". Segundo Pedro Pimentel, para corrigir algumas situações será preciso investir em melhores recursos nas unidades que recebem muitos doentes.
Concluída a discussão pública, Pedro Pimentel vai analisar este mês as contribuições recebidas, promover debates públicos com "algumas entidades e personalidades", discutir as medidas com as administrações regionais de Saúde e elaborar a proposta final para entregar à tutela até ao final do trimestre.
FONTE:"http://www.tribunamedicapress.pt/nacional-1/27634-nova-rede-oncologica-contara-com-mais-de-30-hospitais"
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